Resenha: A Sorte do Agora



“Bartholomew Neil passou todos os seus quase 40 anos morando com a mãe. Depois que ela fica doente e morre, ele não faz ideia de como viver sozinho. Wendy, sua conselheira de luto, diz que Bartholomew precisa abandonar o ninho e fazer amigos. Mas como um homem que ficou a vida toda ao lado da mãe pode aprender a voar sozinho? Bartholomew então descobre uma carta de Richard Gere na gaveta de calcinhas da mãe e acredita ter encontrado uma pista de por quê, afinal, em seus últimos dias a mãe o chamava de Richard... Só pode haver alguma conexão cósmica! Convencido de que Richard Gere vai ajudá-lo, Bartholomew começa essa nova vida sozinho escrevendo uma série de cartas altamente íntimas para o ator. De Jung a Dalai Lama, de filosofia a fé, de abdução alienígena a telepatia com gatos, tudo é explorado nessas cartas que não só expõem a alma de Bartholomew, como, acima de tudo, revelam sua tentativa dolorosamente sincera de se integrar à sociedade. Original, arrebatador e espirituoso, A sorte do agora é escrito com a mesma inteligência e sensibilidade de O lado bom da vida. Uma história inspiradora que fará o leitor refletir sobre o poder da bondade e do amor. ”

Autor: Matthew Quick
               ISBN-10: 8580577632
               Ano: 2015 / Páginas: 224
               Idioma: Português 
               Editora: Intrínseca
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Bem, não sei ao certo como iniciar a falar desse livro, até porque não sei se gostei, ou não. Este é o 4º livro do Matthew Quick lançado no Brasil, e é o segundo que tenho esta sensação dúbia. Bem, Bartholomew, tem 39 anos, e viveu toda a sua vida em função de cuidar da sua mãe. Já no fim da vida, ela já estava com o câncer no cérebro em estágio avançado, e acabou lhe causando perda de memória, chamando-o de Richard, seu ator preferido.


Por conta disto, Bartholomew começou a escrever cartas para Richard Gere, e a conversar com ele, pois estava sozinho, e sem saber que destino dar a sua vida. Logo no começo do livro já começamos a perceber que ele tem distúrbios mentais, e por isso era zombado na escola, e ele acabou acreditando que era realmente um retardado.

O padre da cidade, Padre McNamee, que sofre de transtorno bipolar, se destitui do cargo, e passa a viver na casa de Bartholomew. A cada dia que passa, ele bebe mais e fica horas ajoelhado, rezando. O ex-padre tem quase a mesma idade da mãe de Bartholomew, e isto acaba preocupando Wendy, a sua conselheira de luto, porque o objetivo era fazer amigos da sua idade, e se desprender do cuidado com alguém.

Uma coisa que me chamou atenção é que todos os personagens têm algum distúrbio mental, e acabou me deixando um pouco confusa por isso, é meio difícil que todas as pessoas que você encontre, sofra de algum transtorno, mas como é uma ficção, e eu sabia disso, não afetou a minha leitura.

Uma coisa que amei no livro, foi a teoria da mãe de Bartholomew, e que com certeza, levarei para a vida, teoria essa que leva o nome do livro, A Sorte do Agora, que diz que, se uma coisa muito ruim está acontecendo com você no momento, algo muito bom, acontece a alguém em outro lugar. E que mesmo sendo algo que nos deixe profundamente tristes, deveríamos nos alegrar, por alguém.

"Sempre que algo de ruim acontece coma a gente, uma coisa boa acontece. Normalmente com outra pessoa. Essa é A Sorte do Agora. Precisamos acreditar. Precisamos. Precisamos. Precisamos."Pág. 104 e-book

O interessante da estória, foi a percepção que Bartholomew tinha, com as coisas ao seu redor, e poder ver que isso o fez amadurecer durante a estória, me deixou muito feliz. Amadurecer é realmente a palavra correta, pois só com esta idade ele se viu sozinho, sem sua mãe do lado, e sem saber o que fazer da vida, e se sustentar.

Já quase no final da estória, ele se junta a algumas pessoas, seus primeiros amigos, para viver uma aventura, McNamee, a Meninatecária e Max, e é a partir daí que ele realmente começa a viver, cumpre alguns objetivos de vida e se apaixona.

Percebi algumas coisas que aconteceram no final, logo no início do livro, então não foi um livro que me surpreendeu, mas com certeza me deixou uma mensagem bem legal, de que todos, mesmo que não aparente, podem esconder muito bem uma fraqueza, ou um distúrbio mental. O livro segue a linha de escrita de Matthew Quick, personagens com transtornos, e que conforme a estória vai desenrolando, vai percebendo que realmente precisam de ajuda.

Então, é isso, o livro nos deixa boas reflexões, não é como O Lado Bom da Vida, mas é um bom livro, que não foge aos padrões do autor, com personagens bem feitos, e que são extremamente importantes para a trama. Leia também, e tire as suas conclusões.

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